Exposição Basquiat: Coleção Mugrabi no CCBB
Quadros, desenhos, gravuras e pratos pintados por Jean-Michel Basquiat (1960-1988) - este é o acervo apresentado nas galerias do Centro Cultural do Banco do Brasil CCBB de julho a setembro deste ano. Na exposição, disposta em ordem cronológica por diversas salas, é possível explorar todas as formas com que o artista trabalhava, além de contemplar trechos do filme Downtown 81, no qual Basquiat foi protagonista.
Conhecer o contexto de sua época e sua história de vida é fundamental para entender as obras de Basquiat. O artista nasceu em Nova York, negro e filho de imigrantes, no entanto, teve uma infância privilegiada no sentido que frequentava museus desde pequeno e assim desenvolveu um contato com a cultura e arte que o influenciou a desenhar e criar. Enquanto se recuperava de um acidente em que um de seus braços foi quebrado, ganhou um exemplar do livro Gray's Anatomy, que influenciou ainda mais seu trabalho posteriormente.
Basquiat foi um dos artistas mais populares dos anos 80 e trouxe à tona diversas questões sociais e raciais em suas obras, além do próprio fato de ser um artista negro em um universo marjoritariamente branco. Expoente do neoexpressionismo, produzia com suportes alternativos e materiais simples, usando de técnicas que iam do grafite à pintura tradicional, colagens, cópias reprográficas e combinação de imagens - principalmente humanas - e palavras.
Suas obras são marcadas por cores fortes, a forma livre, a assertividade de sua negritude e o protesto contra o racismo, o meio urbano decadente e a expressividade às avessas. Além disso, é possível visualizar em seu trabalho a inspiração em mitologias, cartoons, a engenharia de Leonardo da Vinci e heróis do boxe, revelando a variedade de assuntos que acompanhava. Seu estilo primitivista é outro ponto que chama a atenção em suas obras, expondo seu pensamento através da arte e deixando em evidência a ligação ao grafite que produzia quando jovem.
Brother's Sausage, 1983. Colagem de acrílica, óleo e papel sobre tela. 121,9 x 476,2 cm. |
Conhecer o contexto de sua época e sua história de vida é fundamental para entender as obras de Basquiat. O artista nasceu em Nova York, negro e filho de imigrantes, no entanto, teve uma infância privilegiada no sentido que frequentava museus desde pequeno e assim desenvolveu um contato com a cultura e arte que o influenciou a desenhar e criar. Enquanto se recuperava de um acidente em que um de seus braços foi quebrado, ganhou um exemplar do livro Gray's Anatomy, que influenciou ainda mais seu trabalho posteriormente.
Basquiat foi um dos artistas mais populares dos anos 80 e trouxe à tona diversas questões sociais e raciais em suas obras, além do próprio fato de ser um artista negro em um universo marjoritariamente branco. Expoente do neoexpressionismo, produzia com suportes alternativos e materiais simples, usando de técnicas que iam do grafite à pintura tradicional, colagens, cópias reprográficas e combinação de imagens - principalmente humanas - e palavras.
Sem Título (Hand Anatomy) 1982. Acrílica sobre tela. 152,4 x 152,4 cm.
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Suas obras são marcadas por cores fortes, a forma livre, a assertividade de sua negritude e o protesto contra o racismo, o meio urbano decadente e a expressividade às avessas. Além disso, é possível visualizar em seu trabalho a inspiração em mitologias, cartoons, a engenharia de Leonardo da Vinci e heróis do boxe, revelando a variedade de assuntos que acompanhava. Seu estilo primitivista é outro ponto que chama a atenção em suas obras, expondo seu pensamento através da arte e deixando em evidência a ligação ao grafite que produzia quando jovem.
A amizade que mantinha com Andy Warhol desempenhou grande papel em sua vida pessoal e carreira, esta que se estabeleceu em pouco tempo, driblando o cenário artístico elitista e veladamente racista. No entanto, é admirável a forma com que Basquiat manteve sua singularidade e não se apropriou do estilo artístico do rei da pop art.
Jean-Michel Basquiat e Andy Warhol. Sem Título (Dois cães) 1984. Acrílica e serigrafia sobre tela. 203,2 x 269,2 cm. |
A carreira de Basquiat encerrou-se precocemente, quando morreu de overdose aos 27 anos, época em que já não mais atendia as exigências da crítica. Tal evidencia a pressão do meio artístico e mercado, sua relação com a fama e perda de seu grande amigo Warhol. Ainda assim, a influência de seu “expressionismo primitivo” é imensa até os dias de hoje e suas obras são cada vez mais valorizadas. O modo como Basquiat via o mundo está marcado, seja nos prédios abandonados em Manhattan ou nos museus de arte e exposições, instigando reflexões a quem o observa.