Exposição Estar no mundo, sem ser do mundo: Maíse Couto na Casa Fiat

A artista plástica Maíse Couto apresenta suas obras na Piccola Galleria da Casa Fiat de Cultura nos meses de agosto e setembro. A exposição Estar no mundo, sem ser do mundo se trata de uma série de pinturas em tamanhos variados que "delineam um universo pictórico elaborado a partir da experimentação de um espaço que não se submete à linearidade de nenhuma perspectiva conhecida, mas a uma paisagem só experimentada no território livre da poesia e da pintura."


As obras são resultado de uma imersão da artista em questões pessoais e a rotina do ateliê, a partir do qual é problematizada a tela em branco e se dá início a um processo criativo que perpassa os limites entre a figuração e abstração. Esse jogo de imagens e cores surgem da combinação de técnicas de tinta a óleo, tinta acrílica e carvão vegetal, que concedem ritmo, movimento e um caráter lúdico para além do plano da composição.

Neste trabalho, os cenários imaginados são habitados por uma criança inspirada na figura da filha de Maíse, e que personifica sua própria imagem infantil em um universo indefinido que permeia fragmentos do inconsciente e da imaginação. Esses sentimentos são representados de forma intuitiva, permitindo uma leitura aberta ao espectador que submerge nas formas e gestos metafóricos da pintura.


Na exposição Estar no mundo, sem ser do mundo, a visitação por parte do público infantil foi especialmente notória. O cuidado na ambientação da galeria com uma espécie de expansão da tela para o seu entorno com formas e cores divertidas chama a atenção para os intuitos da artista, à medida que o espaço acolhe também as crianças, possibilitando a iniciação destas à cultura. 


É válido ressaltar a importância da Piccola Galleria da Casa Fiat de Cultura, onde se encontra a exposição: um espaço de permanente incentivo às expressões artísticas de novos artistas. Situada no hall principal da Casa Fiat de Cultura, a pequena galeria abriga exposições de curta duração, mas com grande visibilidade aos trabalhos inéditos de artistas locais, como Maíse Couto, brasileiros ou estrangeiros, de forma livre e gratuita.

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